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Ministro e políticos são presos na República Dominicana por envolvimento com a Odebrecht

Construtora brasileira afirma ter pago propina para a concessão de contratos de obras de infraestrutura entre 2001 e 2014. (Foto: Reprodução)

O ministro de Indústria e Comércio da República Dominicana, políticos de alto escalão e empresários foram detidos em Santo Domingo, nesta segunda-feira (29), por suspeita de ter recebido suborno da construtora brasileira Odebrecht. Onze pessoas foram presas, segundo a agência Reuters.

As prisões ocorrem após a procuradoria receber, em meados de maio, o conteúdo dos depoimentos de executivos da empresa a autoridades brasileiras, de acordo com a Associated Press.

Os executivos da construtora afirmaram a autoridades americanas e brasileiras que a Odebrecht pagou US$ 92 milhões para conseguir a concessão de contratos de obras de infraestrutura desde 2001.

Os procuradores disseram ainda que solicitaram a retirada da imunidade de três parlamentares em relação ao pagamento de propina que a empreiteira admitiu ter feito para conseguir contratos públicos.

Detidos

O ministro Temístocles Montás, integrante da PLD (Partido da Libertação Dominicana governando), foi encaminhado nesta manhã à sede da procuradoria junto com o ex-ministro de Obras Públicas Víctor Díaz Rúa, que durante sua gestão participou da negociação de vários contratos com a empresa. Rúa esteve no poder entre 2007 e 2012.

O ex-presidente do Senado e atual chefe do Partido Revolucionário Moderno (PRM, principal da oposição), Andrés Bautista, foi preso porque estava no poder na época da aprovação dos contratos.

Segundo a agência Efe, entre os detidos está ainda o empresário Ángel Rondón, que foi representante comercial da construtora na República Dominicana.

Do governo de Hipólito Mejía (2000-2004), foi privado de liberdade o ex-diretor da CDEEE e do Instituto Nacional de Águas Potáveis e Redes de Esgoto (Inapa), César Sánchez.

14 acusados

Em uma entrevista coletiva no Ministério da Justiça, o procurador-geral, Jean A. Rodríguez, anunciou o nome de 14 pessoas, incluindo autoridades e parlamentares, indiciadas por crimes como lavagem de dinheiro, subornos e a submissão de comunicados financeiros falsos.

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