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Políticos portugueses evitam ir a evento em Lisboa com nomes pró-impeachment de Dilma

Gilmar Mendes disse que este e outros vazamentos têm ocorrido em processos que deveriam ficar em sigilo (Foto: Banco de Dados)

A realização de um seminário em Lisboa que vai reunir nesta semana diversos nomes favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff está causando desconforto entre muitos políticos em Portugal.

Tendo como um dos organizadores o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e com a presença confirmada dos senadores tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), o encontro acadêmico está sendo classificado por parte da mídia e da classe política portuguesas como uma espécie de evento conspiratório. “Parece ser um evento bastante enviesado. Tanto nos títulos das palestras quanto nos convidados”, avalia o ex-eurodeputado português Rui Tavares.

“Parece uma tentativa de justificar a questão teórica de um golpe judiciário. Nas entrelinhas dá para ver uma tentativa de dar um verniz teórico e acadêmico àquilo que muito dos que participam seriam os principais beneficiários”, completou.

No sábado, o ministro do STF afirmou que a polêmica não passa de uma “teoria conspiratória” e que o evento é “acadêmico, não político”. O título de um dos painéis do evento, “Remédios institucionais para bloqueios críticos do sistema político”, é um dos tópicos no centro da polêmica. (Folhapress)

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