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Por apropriação indébita, presidente da Fifa pode pegar até dez anos de prisão

Blatter foi ouvido pela Justiça suíça na sexta-feira. (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

Acusado de apropriação indébita pela Justiça da Suíça, onde foi indiciado na sexta-feira, o presidente da Fifa (entidade máxima do futebol), Joseph Blatter, poderá pegar até dez anos de prisão, caso as suspeitas sobre ele se concretizem. A informação é do jornal francês L’Équipe, que ouviu especialistas em direito na Suíça.

Aos 79 anos, o cartola é acusado ainda de gestão desleal. O crime, segundo a publicação francesa, poderá render ao suíço mais cinco anos de cadeia. Deste modo, Blatter pode pegar 15 anos de reclusão, se condenado.

A Promotoria suspeita que, em 12 de setembro de 2005, o dirigente assinou contrato com a CFU (Federação Caribenha, em tradução livre) – à época em que Jack Warner, outro envolvido no escândalo da Fifa, era seu presidente – que não era favorável à entidade máxima do futebol. Além disso, existe uma suspeita de que, quando o acordo foi executado, Blatter violara seus deveres de confiança e agira contra interesses da Fifa e/ou do marketing da entidade e da TV AG, conforme a nota divulgada pela Procuradoria sobre o indiciamento do suíço.

Depoimento

Blatter foi ouvido por autoridades suíças na sexta-feira, em Zurique, após reunião do Comitê da Fifa. Depois do encontro, haveria uma entrevista coletiva, desmarcada três minutos antes de acontecer em decorrência do indiciamento do cartola.

Além dele, o presidente da Uefa (União das Associações Europeias de Futebol, em tradução livre), o ex-jogador Michel Platini foi ouvido, igualmente suspeito de ações ilícitas com o presidente da Fifa. “Blatter também é suspeito de ter feito um pagamento em fevereiro de 2011 de 2 milhões de francos suíços [8,1 milhões de reais] a Michel Platini, presidente da Uefa e favorito à eleição que escolherá o sucessor do suíço em fevereiro do ano que vem, em detrimento da Fifa por causa de um trabalho supostamente realizado entre janeiro de 1999 e junho de 2002”, diz o texto. (Lance!)

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