Ícone do site Jornal O Sul

Por essa você não esperava

Último dia do ano, todo mundo fazendo o balanço dos erros e acertos. Refletindo sobre os últimos meses. Avaliando, enfim. E Planejando o futuro.

Porém, vou ser disruptiva (aiiiii sério? Alguém aí ainda aguenta essa palavra?): chega de tantas regras. Chega. Chega. Chega.

Isso vai contra o que todos os gurus, professores, coaches, treinadores vão te falar. Eu sei. E, sinceramente, eu sequer faria uma recomendação dessas. Não fosse uma questão específica: desopilar é preciso.

Sou uma virginiana chata que aprendeu que o poder da prática leva à perfeição. Sim. Mas nem sempre. E aí, li um texto do Nizan Guanaes. Esse gênio. A coluna com o título “Meus maus conselhos para o seu ano novo”. E serei pretensiosa mesmo ao “roubartilhar” a ideia dele (com todo o respeito) e te desejar o mesmo: a possibilidade de fazer um monte de coisa errada!

Porque só desacerta quem conhece o acerto. E se a rotina e rígida e constante, é preciso também um respiro. Um interlúdio. Um ócio criativo (né Domenico?).

Estamos tão mergulhados no mundo do politicamente correto que se permitir a incorreção é quase um pecado. Um pecado contra si, inclusive.

Não comer glúten. Não falar palavrão. Não falar demais. Não contar seus sonhos. Não ingerir fast food. Não levar o cachorro para passear sem guia. Não tomar refrigerante. Não discutir política em família. Não entrar de roupa de banho no elevador. Não fazer piadas. Não agir de forma inadequada. Não. Não. Não.

Vivemos com fronteiras Morais constantes. E está tudo certo. Porém, às vezes… às vezes é preciso transgredir para progredir. É preciso quebrar as próprias regras, até para entender a importância de cada uma delas. É preciso sair dos trilhos para querer voltar ao caminho certo.

Uma grande amiga e profissional me disse: “não é o que você faz de vez em quando que te estraga” (beijo Geli!). O que significa que quebrar as regras tem seu valor. Estamos tão absurdamente imersos em fazer tudo certinho que esquecemos que é preciso espaço para…o novo! Para criar. Para deixar fluir.

E é por isso, meu caro leitor, que eu te desejo que você se permita ser louco, desregrado, inadequado e despreocupado. Não sempre, mas só por uns dias. Só pelo pelo prazer de saber que você até pode…mas não quer. E aí, você entenderá o poder que você mesmo tem sobre si mesmo. E fará as escolhas certas para o ano que vem.

Só, por favor, não cometa crimes. Aí, eu não consigo te ajudar (nem quero). Porém, é possível sermos nós mesmos sendo, também, um tantinho errados. E tá tudo certo!

Feliz 2024!

(Ali Klemt)

Sair da versão mobile