Novos estados legalizaram a maconha nas eleições de terça-feira (3) nos Estados Unidos: Nova Jersey, Arizona, Dakota do Sul e Montana. Os eleitores aprovaram medidas para criar maconha medicinal no Mississippi e Dakota do Sul (nesse último estado, os usos recreativo e medicinal foram legalizados).
Além de votar para presidente, os estados dos EUA fazem consultas aos eleitores sobre assuntos específicos. Nesses locais, havia uma pergunta na cédula sobre a legalização da maconha. Na Florida, por exemplo, decidiu-se, por plebiscito, aumentar o salário mínimo.
Agora, um terço dos americanos vive em locais onde a droga é legal para maiores de 21 anos.
Há particularidades nos estados: em Nova Jersey, a assembleia legislativa local ainda precisa passar uma lei para tornar a maconha legal.
Na Dakota do Sul, aprovou-se a droga para fins médicos e recreativos ao mesmo tempo.
A legalização venceu em todos os estados onde houve consulta.
No estado do Nebraska, os ativistas chegaram a juntar assinaturas para incluir a questão nas cédulas, mas o Supremo Tribunal estadual barrou.
Porte de drogas
Já os eleitores do Oregon votaram por descriminalizar o porte de pequenas quantidades de drogas pesadas, como cocaína, heroína, LSD e metanfetamina, e o estado se tornou o primeiro dos Estados Unidos a adotar tal medida.
Os eleitores do estado, que fica na Costa Oeste do país, entre a Califórnia e o Washington, também aprovaram a legalização do uso terapêutico de cogumelos psicodélicos.
A iniciativa antidrogas da população permitirá que as pessoas presas com pequenas quantidades de drogas pesadas evitem ser condenadas ao pagar uma multa de US$ 100 e participar de um programa de recuperação para dependentes.
Os centros de tratamento serão financiados pelas receitas da legalização da maconha. O Oregon também foi o primeiro estado americano a legalizar a droga.
A medida mudar drasticamente a forma como o sistema de Justiça do estado trata as pessoas presas com quantidades para uso pessoal.
“A vitória de hoje é uma declaração histórica de que chegou a hora de parar de criminalizar as pessoas pelo uso de drogas”, disse Kassandra Frederique, diretora executiva da Drug Policy Alliance, que apoiou a medida.
A proposta foi endossada pelo Partido Democrático do estado e por associações de enfermeiros e de médicos.
O Partido Republicano era contra e disse que a medida era radical. Alguns promotores a chamaram de imprudente. As informações são do portal de notícias G1.
