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Por que as mulheres são oprimidas?

Violência contra as mulheres não é a mesma em todos os lugares. É muito maior onde se cultua o mito da masculinidade. Crédito: Reprodução

Você já parou para pensar por que existe tanta opressão contra as mulheres? Nos últimos 3 mil anos, assistimos, sob diversas formas e em vários lugares, ao domínio do homem sobre a mulher ser levado ao extremo. O valor atribuído pelas religiões à virtude sexual contribuiu inevitavelmente para degradar a posição da mulher. Sendo vista como tentadora, todas as oportunidades de levar o homem à tentação tinham que ser reduzidas. As mulheres respeitáveis eram cercadas de restrições, e as pecadoras eram tratadas com desrespeito e insultos.

A ideia da guerra dos sexos e de que homem e mulher são inimigos foi reforçada por vários textos que aconselhavam os homens a tomar distância em relação àquela que, por vezes, poderia até ser chamada de companheira. A origem da má natureza feminina seria uma sensualidade desenfreada, impossível de ser satisfeita por um só homem. Ela aparece com frequência nos sermões da Idade Média.

As mulheres são consideradas inferiores aos homens e se submetem à sua dominação. Sendo propriedade dele, puni-la severamente ou mesmo matá-la é considerado simplesmente o exercício de um direito.

Contudo, não é nada fácil para o homem corresponder ao ideal masculino de força, sucesso, poder, que a sociedade patriarcal lhe exige. Homens e mulheres têm as mesmas necessidades psicológicas – trocar afeto, expressar emoções, criar vínculos.
A questão é que perseguir esse ideal impede a satisfação das necessidades, e a impossibilidade de alcançá-lo gera frustração. Está aberto o espaço para a violência masculina no dia a dia. Essa ideia se confirma quando os estudos mostram que a violência contra as mulheres não é a mesma em todos os lugares. É muito maior onde se cultua o mito da masculinidade. (Regina Navarro Lins/AD)

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