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Porto Alegre é a capital brasileira com maior índice de mortalidade em decorrência de Aids

A população dos municípios pequenos do sertão cearense precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis. (Foto: Divulgação)

Porto Alegre foi a capital brasileira com o maior coeficiente de mortalidade em decorrência de Aids. Foram registrados 22,5 óbitos a cada cem mil habitantes na cidade. Os dados são do Ministério da Saúde, levantados em 2018, ano de último monitoramento da pasta. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, foram notificados 641 registros de infecção por HIV e 626 de Aids no período. Dos casos de Aids, 359, ou seja, 57% dos registros foram em pessoas do sexo masculino.

Ainda de acordo com o mesmo levantamento, foram registrados 2.325 casos de sífilis adquirida, 553 casos de sífilis em gestante e 486 casos de sífilis congênita . O uso de preservativo é o método mais eficaz para evitar a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Independentemente da idade, estado civil, classe social, identidade de gênero ou orientação sexual, a população deve se atentar, pois uma pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar com alguma IST, inclusive HIV. É o que ressalta a médica sanitarista e secretária estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, Maria Leticia Ikeda.

“É importante a gente lembrar aquela máxima: é melhor prevenir do que remediar. Apesar da Aids hoje ser uma doença controlável mediante tratamento, ainda é uma doença que é grave se ela não for controlada, que causa morte se houver doenças oportunistas, e como qualquer doença não é algo que a gente deva querer ter. Portanto devemos prevenir”.

Flávio Peres tem 55 anos e é morador do bairro Partenon. Ele foi diagnosticado com HIV há 22 anos, quando teve uma inflamação no cérebro e uma série de convulsões. Após se recuperar, Flávio passou a se dedicar para que outras pessoas se previnam contra as ISTs. Seu maior desafio nos dias de hoje é conscientizar as pessoas por meio de ONGs sobre os cuidados e prevenção para evitar as Infecções Sexualmente Transmissíveis.

“Eu trabalhava na área de academia. E misteriosamente eu perdi todas as minhas alunas e meus alunos. Eu tenho certeza absoluta que não foi por incompetência. Deduz-se o que foi: alguém descobriu. Eu não falei, mas hoje, muitos anos depois, eu já dou a cara a bater”.

O tratamento é oferecido de forma gratuita por todas as unidades do Sistema Único de Saúde, o SUS. Além disso, todas as Unidades de Saúde têm testes para a detecção das infecções. Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja dessas ISTs e de outras, como sífilis e hepatites.

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