O governo de Portugal anunciou no sábado (7) uma série de duras medidas para tentar conter o avanço da segunda onda de Covid-19 no país. A principal delas é um toque de recolher obrigatório em 121 dos 308 municípios do país, incluindo o Porto e Lisboa, válido entre 23h e 6 da manhã.
Além disso, um toque de recolher ainda mais estrito será adotado nos dois próximos finais de semana, limitando a circulação entre 13h e cinco da manhã, afetando também o funcionamento do comércio. Quem violar a medida não será preso, mas reconduzido para casa pelas autoridades.
As ações, válidas a partir desta segunda-feira (9), estão dentro do decreto de emergência, anunciado pelo premiê António Costa na quinta-feira. Segundo ele, até o sábado, havia 2.420 pessoas internadas com o novo coronavírus, sendo que 366 em unidades de terapia intensiva.
“A situação é agora muito mais grave”, disse António Costa, durante entrevista coletiva. “Este momento é mesmo um momento de fazer um esforço suplementar.”
Nesta segunda onda da doença, são registrados cerca de 6 mil casos diários, bem acima dos números da primeira onda, quando eram menos de mil infecções a cada 24h. O país já tem mais de 173 mil casos de coronavírus e mais de 2,8 mil mortes.
Ao contrário das ações adotadas no começo do ano, o premier disse que as escolas ficarão abertas, e que será feito um esforço para manter as pessoas trabalhando.
“É agora, neste esforço de novembro, que vamos ganhar dezembro para termos um Natal o mais normal possível”, declarou Costa. “É para podermos controlar a pandemia.”
Novo estado de emergência
Na sexta-feira, o Parlamento de Portugal aprovou um novo estado de emergência para combater a disseminação do coronavírus, que vem pressionando o sistema de saúde, a entrar em vigor na segunda-feira.
O estado de emergência inicial, que pela lei portuguesa se limita a 15 dias, mas pode ser prorrogado indefinidamente por períodos quinzenais, foi declarado em março e durou seis semanas. Ele restringiu a circulação e levou milhares de negócios a suspenderem as atividades. As informações são do jornal O Globo e da agência de notícias Reuters.
