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Preço da gasolina nos postos do Brasil cai em outubro

Levantamento tem como base abastecimentos realizados em 21 mil postos credenciados da Ticket Log em todo o País. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O preço médio do diesel e gasolina aos consumidores finais recuou em outubro na comparação com setembro, de acordo com levantamento de preços da empresa de gestão de frotas Ticket Log. A companhia calcula que o preço médio do litro do diesel ficou em R$ 6,97 este mês, queda de 2,28% em relação a setembro, enquanto o litro da gasolina ficou em R$ 5,24, recuo de 1,67%.

O levantamento tem como base abastecimentos realizados em 21 mil postos credenciados da Ticket Log em todo o País.

Os preços nas bombas têm recuado nos últimos meses com a queda nos impostos e as reduções nas cotações dos combustíveis vendidos nas refinarias da Petrobras às distribuidoras entre julho e setembro. Os dados, no entanto, indicam uma desaceleração da queda em relação aos meses anteriores, segundo Douglas Pina, diretor-geral de mainstream da divisão de frota e mobilidade da Edenred Brasil, controladora da Ticket Log.

“Após quedas consecutivas registradas em todo o País desde julho, que foram reflexo da redução da alíquota de ICMS e últimos reajustes anunciados, o recuo no preço médio da gasolina desacelerou em outubro e alguns Estados já começaram a registrar aumento no valor”, disse Pina.

O aumento nos preços ocorreu principalmente em Estados do Nordeste. No caso da gasolina, o Rio Grande do Norte teve uma média para o combustível a R$ 5,42, alta de 4,82% em relação ao mês de setembro. Na Bahia, a gasolina ficou 2,72% mais cara e encerrou o mês a R$ 5,66, em média.

Já no caso do diesel, os postos baianos venderam o combustível em outubro em média a R$ 7,24, aumento de 2,33% na comparação mensal. Em Sergipe, a média do diesel foi de R$ 7,10, encarecimento de 0,75%.

A média mais cara para os combustíveis no País foi registrada nos postos de Roraima, onde a gasolina foi vendida em média a R$ 5,91, redução de 3,29% em relação ao mês anterior, enquanto o diesel ficou e R$ 8,01, queda de 1,49%.

ANP

O preço da gasolina vendida nos postos do País está em alta há duas semanas consecutivas, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Isso acontece apesar do atraso da Petrobras em repassar o aumento no preço do litro no mercado internacional para as refinarias locais.

Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a estatal está há seis semanas vendendo gasolina nas refinarias abaixo do Preço de Paridade de Importação (PPI). Já o diesel segue sem reajuste há quatro semanas.

Especialistas atribuem o aumento do preço médio dos combustíveis nos postos brasileiros a um ajuste natural do mercado motivado pelo crescimento na demanda e à subida nos valores da gasolina e do diesel vendidos pela refinaria privada de Mataripe, na Bahia, responsável por cerca de 14% da capacidade total de refino do país.

“Há primeiro de tudo o que eu entendo como ajustes naturais do mercado. Cada posto tentando recuperar sua margem, dado que tivemos uma redução grande nos últimos meses”, diz Pedro Rodrigues, sócio-diretor do CBIE.

Segundo o analista, as diversas quedas seguidas registradas nos meses anteriores aumentaram o consumo entre os brasileiros – de acordo com a ANP, as vendas de gasolina no Brasil pelas distribuidoras no primeiro sementes deste ano cresceram 10,8% em relação ao mesmo período de 2021 –, motivando os próprios postos de gasolina a subirem os preços.

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