O preço médio da gasolina continuou a subir na semana passada e atingiu novo recorde do ano, de R$ 3,850 por litro. As informações são de levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo) divulgado nesta terça-feira (12) e se referem aos preços práticos nos postos de combustível brasileiros na semana encerrada no dia 8 de setembro.
As bombas refletem os reajustes feitos pela Petrobras nas refinarias. Em uma semana, a estatal aumentou em 2,06% o valor da gasolina na semana passada até sexta-feira.
Os furacões que atingiram os Estados Unidos e Caribe na semana passada afetaram a produção de petróleo no Golfo do México e pressionaram os preços dos derivados de petróleo, como a gasolina, para cima em todo o mundo.
A Petrobras muda diariamente o preço do combustível na refinaria, mas a decisão de repassar ou não o valor para o consumidor é dos postos de combustíveis.
Para calcular o preço da gasolina na semana, a ANP levantou informações em 3.160 postos de combustível em todos os estados brasileiros.
Etanol e diesel
O preço médio do diesel no país também subiu e ficou em R$ 3,150 na semana passada, de acordo com a ANP. Trata-se de um aumento de 1,58% em apenas uma semana.
Já o etanol teve queda de preços na semana e seu valor médio nas bombas foi de R$ 2,612, contra R$ 2,615 por litro na semana anterior, de acordo com a ANP.
Para calcular o preço do etanol a ANP consultou os valores praticados em 2.870 postos de combustível. No caso do diesel, o levantamento considera 1.756 postos.
Tendências de preços
A Petrobras reajustou três vezes o preço da gasolina e do diesel nas refinarias desde sexta-feira.
No sábado, a Petrobras aumentou novamente os preços dos dois combustíveis, mas reduziu os valores nesta terça-feira e terá nova redução de preços na quarta-feira.
No acumulado do mês, já considerando as mudanças de preços previstas para amanhã, o preço da gasolina nas refinarias aumentou em 5,14%. Já o diesel subiu 4,8% no mês.
Economia
Alguns maus hábitos ao volante podem fazer o carro “beber” mais, como calcular o consumo do seu veículo e quais as diferenças entre gasolina aditivada, premium e comum, entre outras reportagens.
- Aceleradas – evite aceleradas bruscas e desnecessárias. Elas afetam muito a média de consumo.
- Vidros – andar com a janela aberta interfere na aerodinâmica e no consumo, principalmente a mais de 80 km/h.
- Combustível – gasolina ou etanol “batizados” interferem na média porque a leitura do sistema de injeção eletrônica é afetada pela composição errada.
- Na banguela? – aquele costume de deixar o carro em ponto morto em descidas é coisa do passado. O veículo engrenado gasta menos porque a injeção corta o combustível.
- No trânsito – próximo aos semáforos, por exemplo, diminua a velocidade se estiver vermelho. Evite o “zigue-zague” e acelerar sem necessidade.
- Velas – se ela está ruim, a queima do combustível fica irregular, o que reflete diretamente no aumento do combustível injetado.
- Filtros – precisam ser trocados nas datas previstas no manual, sem desculpas. Em caso de entupimento, eles interferem diretamente na mistura de ar e combustível na câmara de combustão.
- Rodas – o alinhamento é fundamental para a aerodinâmica. Se o veículo está fora de geometria, as rodas serão arrastadas, em vez de somente girar.
- Pneus – a calibragem influencia diretamente no consumo e deve ser feita no máximo a cada 15 dias.
- Peso – quanto mais pesado, mas o veículo consome. Então retire o “armário” do porta-malas.
- Troca de marcha – uso do câmbio deve ser suave, sem necessidade de “esticar” a marcha. Andar com uma marcha alta em baixa velocidade também aumenta o consumo.Velocidade – outra atitude eficiente é não andar em altas velocidades. Um carro consome cerca de 20% a mais quando está a 100 km/h do que quando está a 80 km/h.
- Rotina – Se o trajeto for curto, deixe o carro em casa. Um pouco de exercício não faz mal a ninguém.
Se você mantiver um histórico do consumo, poderá identificar quando é a hora certa de fazer a manutenção e se o combustível que está no seu carro pode ter sido “batizado”. (AG)