A prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (PSD), foi presa preventivamente no início da manhã desta sexta-feira (02) pela PF (Polícia Federal), na segunda fase da Operação Sevandija, que apura fraudes em contratos de licitações da prefeitura que somam R$ 203 milhões.
Ela foi detida na sua casa, no bairro Ribeirânia, por volta das 6h, na etapa intitulada Mamãe Noel. Policiais federais também cumpriram mandados de busca e apreensão e outros dois mandados de prisão preventiva contra advogados.
O nome de Dárcy aparece ao menos duas vezes nas investigações da Sevandija, deflagrada pela PF e pelo Ministério Público paulista em 1º de setembro. A operação apura o que é, até agora, considerado o maior escândalo de corrupção da história da cidade.
Ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão, Wagner Rodrigues, que foi candidato à prefeitura de Ribeirão pelo PCdoB, disse que a prefeita recebeu R$ 4 milhões em propina.
Antes, Dárcy já tinha sido flagrada em grampos que podem indicar que ela usou a distribuição de cargos no governo, em uma triangulação feita com uma empresa, para comprar apoio político de vereadores na Câmara. A prisão é decorrente de provas obtidas por meio da análise e investigações dos materiais apreendidos e de depoimentos colhidos após a deflagração da primeira fase.