O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mandou arquivar nessa quarta-feira mais um pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Tratou-se dessa vez de um documento apresentado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que deverá recorrer da decisão ao plenário. Segundo Cunha, o pedido foi vago ao apontar as provas que indicavam a governante como tendo cometido crime de responsabilidade.
Mesmo se Bolsonaro recorrer, o pedido pode não ser votado pelo plenário, pois cabe a Cunha colocá-lo ou não em votação. Pelo acordo de bastidores que o presidente da Câmara fez com a oposição, o instrumento que será levado por ele à votação na Casa é o relativo ao pedido formulado pelo ex-petista Hélio Bicudo, em conjunto com o jurista Miguel Reale Júnior, que é apoiado pelas siglas de oposição.
Cunha deverá arquivar o pedido de Bolsonaro, se ocorrer, na próxima semana. Assim, a oposição recorrerá da decisão ao plenário. Caso o documento seja aprovado pela maioria simples dos presentes à sessão da Câmara dos Deputados, será aberta comissão especial que dará parecer. Se pelo menos 342 dos 513 parlamentares optarem pela abertura do processo de impeachment, Dilma será afastada por 180 dias da chefia do País, cabendo ao Senado definir se a mandatária será o não retirada do cargo. (Folhapress)