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Presidente da Câmara dos Deputados diz a aliados que o presidente do Senado deve aparecer nas próximas delações

Renan Calheiros (E), assim como Eduardo Cunha (D), também é investigado na Lava-Jato, mas a Procuradoria-Geral da República ainda não apresentou denúncia contra ele. (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)

Denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na semana passada por suposto envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem a aliados que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve aparecer em futuras delações premiadas. Calheiros é investigado na Lava-Jato, mas a PGR ainda não apresentou denúncia contra ele.
Segundo participantes do encontro, Cunha não citou a origem da informação. No jantar oferecido no início da semana, tanto Cunha quanto líderes qualificaram a denúncia como “frágil”.
O peemedebista se disse inocente, segundo relatos, e afirmou que se manterá concentrado no trabalho.
Seguindo orientação de sua defesa, Cunha tem evitado a estratégia de se defender atacando como fez  quando o lobista Júlio Camargo o acusou de pedir propina de 5 milhões
de dólares.
O presidente da Câmara afirmou estar recolhendo documentos para apresentar em sua defesa.
A acusação contra Cunha também surgiu no plenário da Câmara. Com apoio de alguns integrantes do PT, o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), começou a recolher assinaturas de deputados pedindo o afastamento dele da presidência da Casa. O parlamentar se recusou a informar quantas assinaturas já havia recolhido. A coleta vai até esta quinta-feira.

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