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Presidente da Câmara dos Deputados faz uso de possibilidades regimentais, além da articulação constante com colegas, para impedir andamento de processo contra ele

Eduardo Cunha (Foto: André Dusek/AE)

Questões de ordem, recursos judiciais e muita conversa com aliados que, até o momento, mantêm-se fiéis. Essas são as armas que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem utilizado para manter-se presidente da Câmara dos Deputados, desnortear o governo e protelar ao máximo o início de fato do processo contra si no Conselho de Ética por quebra de decoro.

Cunha é acusado pelos adversários de usar o cargo para se proteger e promover chantagens. Ele já foi alvo de representação na Procuradoria-Geral da República, onde há duas alas conflitantes – a que acha que deve intervir e a que entende que essa é uma questão interna do Legislativo. Aliados e o próprio presidente da Casa argumentam que apenas seguem o regimento e exercem o direito de defesa.

Na guerra regimental, com direitos a gritos, tapas e cabeçadas, já foram contabilizadas sete sessões do Conselho de Ética sem que se vote o parecer pela continuidade da ação contra o peemedebista. (AE)

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