Ícone do site Jornal O Sul

Presidente da Câmara suspende retorno presencial dos deputados por tempo indeterminado

Texto institui ampla regulação das plataformas digitais no Brasil. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), suspendeu o retorno presencial das atividades da Casa por tempo indeterminado. A previsão era que, após o Carnaval, os trabalhos na Câmara deixariam de ser feitos remotamente, regime que foi adotado no início da pandemia da Covid-19.

A decisão foi publicada no sábado (5) no Diário da Câmara. Em sua justificativa, Lira disse que a medida quer diminuir a circulação de pessoas na Casa para reduzir os riscos do contágio do coronavírus.

“Essa medida visa a diminuir a circulação de pessoas nas dependências desta Casa Legislativa, preservando a saúde não só dos parlamentares, mas também dos servidores e dos colaboradores, considerando os efeitos da pandemia”, diz Lira no Diário.

Com a decisão, as sessões na Câmara vão continuar a serem feitas pelo Sistema de Deliberação Remota (SDR).

É a segunda vez no ano que Lira adia a retoma das atividades presenciais na Câmara. Era previsto que os deputados voltassem à Casa no início do ano, mas o retorno foi adiado pela alta de casos e mortes pela Covid-19, causados pelo avanço da variante Ômicron. Nas últimas duas semanas, porém, o país vem registrando uma tendência de queda nos números da pandemia.

Jogos de azar

A redação final do Projeto de Lei 442/91 sobre os jogos de azar foi liberada e o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), encaminhou o texto aprovado pelo plenário do PL 442/91 para ser apreciado pelo Senado Federal.

No ofício de encaminhamento, Lira já usa o novo nome do projeto que após aprovação será “Dispõe sobre a exploração de jogos e apostas em todo o território nacional”. Inclusive, em nenhum momento o texto se refere a palavra ‘azar’.

“Encaminho a Vossa Excelência, a fim de ser submetido à apreciação do Senado Federal, nos termos do caput do art. 65 da Constituição Federal combinado com o art. 134 do Regimento Comum, o Projeto de Lei nº 442, de 1991, da Câmara dos Deputados, que “Dispõe sobre a exploração de jogos e apostas em todo o território nacional; altera a Lei nº 7.291, de 19 de dezembro de 1984; e revoga o Decreto-Lei nº 9.215, de 30 de abril de 1946, e dispositivos do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais), e da Lei nº 10.406, de 19 de janeiro de 2002 (Código Civil)”.”

Na próxima semana o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) vai decidir o regime de tramitação do PL 442/91. Pacheco poderá decidir de a proposta será analisada por diversas comissões antes de chegar ao Plenário, mas também pode criar uma comissão especial para a discussão.

A bancada religiosa faz coro contra a legalização dos jogos, mas existem vários parlamentares simpáticos a proposta. Os contrários serão liderados pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE) e os favoráveis pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA).

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) mostra-se como um porta-voz favorável ao tema dentro do Senado e já começa as articulações, inclusive ao lado de Pacheco, colega de partido, na tentativa de destravar o debate. “Vou defender, eu sou favorável à legalização. As potências mundiais, econômicas, com exceção da Indonésia e da Arábia Saudita, que compõem o G20, todas têm os jogos legalizados, assim como os países do Mercosul, com exceção do Brasil. Nós temos que tratar jogos como atividade econômica, não como costume”, argumentou.

Sair da versão mobile