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Presidente da CNM, Paulo Ziulkoski diz que corporações de servidores estão levando municípios ao colapso

Presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski falou ontem aos prefeitos gaúchos, na Assembleia de Verão da Famurs. (Foto: Arquivo pessoal)

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, advertiu ontem que “as corporações estão quebrando os municípios”, numa referência aos valores pagos para categorias profissionais como professores e profissionais da saúde, dentre outros. Ziulkoski fez o pronunciamento de abertura da Assembleia de Verão promovida pela Famurs na SABA, em Xangri-La. Depois, Ziulkoski conversou com o colunista, e explicou que o quadro “é muito grave. Nós temos hoje nas prefeituras, sete milhões e meio de servidores. São dois Uruguai. É um universo muito grande, e a maioria na área social, saúde e educação.”

Municípios estão inviabilizados, afirma Ziulkoski

O presidente da CNM destacou que essas categorias profissionais estão bem organizadas, e com poder de persuasão junto ao congresso e ao Executivo Federal: “Estão organizados, e é normal e legitimo que se organizem e briguem por melhor remuneração. Eu não estou discutindo isso. Eu aceito que isso seja colocado na pauta, só que tem de ter dinheiro para pagar. E a União legisla junto com o Congresso, e criam valores exorbitantes que não tem como cumprir. Isso está desmontando a estrutura municipal. O serviço público está caindo em qualidade e quantidade, e não tem mais como sustentar, é quase um colapso.”

Ziulkoski alerta para um risco:

-Setenta porcento dos municípios brasileiros, se hoje cumprissem suas obrigações legais, estariam inviabilizados”.

Exemplos mostram como os municípios estão colapsando financeiramente

Paulo Ziulkoski cita os exemplos do piso do magistério, e do programa Mais médicos: “Os prefeitos sabem o impacto do piso do magistério; 29% dos funcionários municipais são professores. O gasto total da folha dos servidores no Brasil é de R$ 450 bilhões, sendo R$ 130 bilhões gastos apenas com o magistério”.

Em relação ao programa Mais Médicos, explicou, “quando a prefeitura assina o convênio entra com a casa, alimentação e transporte. A União com uma bolsa de 14 mil por mês, só que esses 14 mil são deduzidos do fundo municipal. Então a União não está pagando, é dinheiro que está entrando a menos para o município”, afirma Paulo Ziulkoski.

Gabriel Souza anunciou R$ 22 milhões para a Vigilância em Saúde

Como governador em exercício, Gabriel Souza anunciou ao lado da secretária da Saúde, Arita Bergmann, para os prefeitos reunidos na Assembleia da Famurs, investimento de R$ 22 milhões em programas e ações de Vigilância em Saúde. O repasse será destinado para ações de custeio e investimento, em duas parcelas, uma fixa e uma variável. “A vigilância está no produto que compramos em qualquer lugar, está na vacinação, está no ambiente e na qualidade de tudo que consumimos; por isso, o governo criou esse programa”, ressaltou a secretária Arita.

Marco Peixoto, presidente do TCE: o “queridinho dos prefeitos”

O presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Marco Peixoto foi aprovado no teste de popularidade ontem na Assembleia de Verão da Famurs. Ao chegar à sede da SABA para o evento, Peixoto foi interrompido diversas vezes no trajeto até o auditório principal, por prefeitos e secretários municipais, para cumprimentos e fotos. Ele credita essa popularidade a todo o colegiado do TCE, e atribui o fato à postura que o Tribunal de Contas adotou nas ultimas gestões, voltada para a orientação aos gestores municipais, o que reduziu bastante as sanções aplicadas pelo órgão.

Lula demora para decidir sobre duas vagas no STJ

É muito forte a mobilização de advogadas e juristas progressistas para pressionar Lula a manter a proporção de mulheres na Corte, que tem agora quatro ministras entre os 33 . Este fato torna ainda mais acirrada a disputa pelas duas vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça. A vacância completou quatro meses no último sábado (15), desde as saídas das ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães. Para a vaga de Vaz, reservada à Justiça Federal, concorrem Carlos Brandão (TRF-1), Daniele Maranhão (TRF-1) e Marisa Santos (TRF-3), enquanto a vaga destinada ao Ministério Público Federal é disputada por Sammy Barbosa (MP-AC), Carlos Frederico (MPF) e Maria Marluce Caldas (MP-AL).

Governo prorroga prazo paras consultas das concessões de rodovias do Vale do Taquari, e Região Norte

Após a crítica ao tempo reduzido para debater a proposta, e o apelo do líder do PL na Assembleia Legislativa deputado Rodrigo Lorenzoni, o governador Eduardo Leite anunciou que o Estado vai estender o período de consulta pública da concessão de rodovias do Bloco 2, com estradas localizadas no Vale do Taquari e Região Norte. O prazo de escuta da população, estimado inicialmente para encerrar-se em 21 de fevereiro, será prolongado por mais 30 dias. O novo prazo foi publicado na edição de ontem (20) do Diário Oficial do Estado.

Instagram: @flaviorrpereira

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