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Presidente da Fiergs, Claudio Bier confirma sinal positivo do governo federal para pedidos dos exportadores gaúchos

Presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier participou da reunião da diretoria da Confederação Nacional da Indústria em Brasília. (Foto: Iano Andrade/CNI)

“Nosso trabalho em Brasília foi mostrar ao governo o que pode acontecer com esse tarifaço. Primeiro momento, de férias coletivas e o segundo momento, desemprego. Com os dados que apresentamos, sentiram a importância de fazer alguma coisa”, afirmou o presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier. Ele conversou com o colunista pelo telefone ontem à noite em Brasília, antes de retornar para Porto Alegre. O dirigente da Fiergs manteve desde segunda-feira uma série de audiências com representantes do governo, e participou da reunião da diretoria da CNI na qual as tarifas impostas pelos EUA foi o tema principal.

Claudio Bier disse que a conversa com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, produziu resultados: parte dos pedidos a ele entregues, como prorrogar drawback e crédito especial a empresas exportadoras para os Estados Unidos, de forma semelhante ao utilizado durante as enchentes, estão sendo avaliadas pelo governo. Esta informação foi transmitida ontem, durante reunião da comitiva gaúcha com a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres.

“Nosso objetivo era mostrar ao governo os riscos que as empresas estão correndo e essa resposta nos sinaliza que o governo nos ouviu”, afirma Claudio Bier.

Elevação das tarifas dos EUA pode ter impacto de R$ 1,9 bilhão no PIB gaúcho

Ontem, na reunião da Diretoria da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), foi apresentado o dado indicando que no Rio Grande do Sul, 8,4% das exportações têm como destino os Estados Unidos, de acordo com as informações coletadas junto ao MDIC. No estado, a elevação das tarifas pode ter impacto negativo de R$ 1,9 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB).

Unidos, governadores do Consórcio Nordeste pressionam governo por medidas para amenizar tarifaço

Unidos, os governadores dos nove estados que compõem o Consórcio Nordeste: Carlos Brandão (Maranhão), Elmano de Freitas (Ceará), Paulo Dantas (Alagoas), Fátima Bezerra (Rio Grande do Nordeste), João Azevêdo (Piauí), Raquel Lyra (Pernambuco), Jerônimo Rodrigues (Bahia), Fábio Mitidieri (Sergipe) e Rafael Fonteles (Piauí) estão atuando em articulação com o governo federal para proteger os setores produtivos dos nove estados da região dos impactos do tarifaço prometido por Donald Trump a partir da próxima sexta-feira. Na terça-feira da semana que vem, os governadores nordestinos irão a Brasília participar da reunião do Conselhão, onde Lula vai debater a tarifa imposta pelos Estados Unidos e, na sequência, de uma Assembleia Geral do consórcio. No dia seguinte, eles deverão se reunir com o presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra Gleisi Hoffmann, no Palácio do Planalto.

Em editorial, The Wall Street Journal diz que Filipe Martins deveria estar solto

O jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou domingo (27) um editorial defendendo que o ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) para assuntos internacionais, Filipe Martins, deveria estar solto. O texto diz que o “Sr. Martins deveria estar livre para montar sua defesa”. Segundo a publicação, “registros falsos” na alfândega dos Estados Unidos “ajudam acusação duvidosa do Brasil contra o aliado de Bolsonaro”. O jornal defende que houve registros falsos na alfândega norte-americana de entrada do ex-assessor de Jair Bolsonaro no país. Ele ficou detido por seis meses no Paraná e agora cumpre prisão domiciliar por risco de fuga ao exterior.

Região Sul receberá mais de R$ 4,7 bilhões em novos projetos aprovados pelo Fundo da Marinha Mercante

A propósito das notícias sobre os investimentos do governo federal no setor portuário do Sul do País, esta coluna recebeu do ministério de Portos e Aeroportos, a seguinte nota:

“Investimentos superiores a R$ 4,7 bilhões vão fortalecer a indústria naval e ampliar a infraestrutura portuária nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com potencial de gerar mais de 3 mil empregos diretos na região. Os valores fazem parte do Fundo da Marinha Mercante (FMM), aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo (CDFMM) durante a sua 59ª reunião, no último dia 3 de julho.

Entre as ações previstas estão a construção de quatro embarcações para operações submarinas (R$ 2,3 bilhões), dois navios PSV com tecnologia de baixo carbono (R$ 739,7 milhões), seis rebocadores azimutais (R$ 312,6 milhões), modernização e reparo de 17 embarcações (R$ 163,2 milhões) e a concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (R$ 1,089 bilhão), que vai ampliar o calado e elevar a capacidade de exportação.

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, “os projetos aprovados pelo Fundo da Marinha Mercante reforçam a prioridade do Governo Federal em estimular a indústria naval nacional, modernizar a infraestrutura portuária e ampliar a competitividade do país”, explicou. “A região Sul desempenha papel fundamental nesse movimento, por sua capacidade produtiva e vocação exportadora”, afirmou o ministro.

* Instagram: @flaviorrpereira

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