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Presidente da Itália descarta eleição e pede prioridade ao trabalho

Sergio Mattarella foi eleito presidente no início de 2015. (Crédito: Reprodução)

Em sua tradicional mensagem de fim de ano, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, fez um retrato duro e pragmático da situação do país, que ainda luta para sair da crise econômica e convive com o crescimento de forças populistas.

O pronunciamento, realizado na sede da Presidência, em Roma, durou menos de 20 minutos, tempo suficiente para Mattarella dizer que o problema número um da nação continua sendo o desemprego. “Apesar do aumento no número de ocupados, ainda há muitas pessoas para quem o trabalho falta há tempos ou não é suficiente para assegurar uma vida digna. Combater a desocupação e a pobreza de tantas famílias é um objetivo a ser perseguido com decisão. Esse é o primeiro horizonte do bem comum”, declarou.

Ele também salientou que existe uma “fratura” entre o norte e o sul da Itália, assim como entre regiões centrais e periféricas. “Barreiras e dificuldades dividem também o trabalho masculino daquele feminino, penalizando as mulheres. Aumentar a coesão do nosso país significa torná-lo mais forte. Desigualdade, marginalidade e insegurança minam as possibilidades de desenvolvimento”, destacou.

Mattarella foi eleito presidente no início de 2015, mas enfrentou o momento mais delicado de seu mandato em dezembro de 2016, após a queda do primeiro-ministro Matteo Renzi por conta de sua derrota em um referendo constitucional. Pressionado pela oposição a dissolver o Parlamento e convocar eleições, o chefe de Estado saiu em defesa das instituições e pediu a conclusão da atual legislatura, que termina em 2018.

Para isso, nomeou como premier o chanceler de Renzi, Paolo Gentiloni, que manteve a composição do governo praticamente inalterada, Para o presidente, era preciso “resolver a crise rapidamente”.

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