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Presidente do Senado agora diz que sabatina de Messias pode ficar para “depois das eleições de 2026”

Davi Alcolumbre anunciou nessa terça-feira (2) o cancelamento da sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias. (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)

O governo federal pode estar respirando aliviado com o cancelamento da sabatina de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), marcada para o dia 10 de dezembro. No entanto, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), disse nessa terça-feira (2) a senadores que a sabatina pode agora ficar “para depois das eleições de 2026″.

O ato do presidente do Senado mostra uma piora ainda maior na relação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os senadores. As informações são da jornalista Ana Flor.

O movimento de Alcolumbre também se deu pela incerteza jurídica que se instalaria se o Senado fizesse a sabatina sem receber a mensagem do Planalto”

Segundo aliados do presidente do Senado, a falta do envio da mensagem irritou muito o comando da Casa, porque parecia uma manobra do Planalto para dar mais tempo a Messias de articular sua aprovação.

No entanto, um senador ouvido pelo blog de Ana Flor afirmou que, com o cancelamento da sabatina, a indicação de Messias ganha uma sobrevida, embora “respire com ajuda de aparelhos”.

Cancelamento de sabatina

Alcolumbre anunciou nessa terça-feira (2) o cancelamento da sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, escolhido por Lula para substituir Luís Roberto Barroso no STF.

A sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e a votação da indicação no plenário do Senado estavam previstas para o dia 10 de dezembro.

Entretanto, para ganhar tempo e viabilizar reuniões de Messias com senadores, o governo Lula não enviou ao Senado a mensagem que formaliza a indicação de Messias.

Sem isso, a Casa não consegue analisar a indicação no cronograma anunciado por Alcolumbre e pelo presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA).

Em comunicado a senadores, o presidente do Senado classificou a demora do governo Lula em formalizar a indicação com o envio da mensagem como “grave e sem precedentes”.

 

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