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Presidente do Senado diz a aliados que não vê chances de Dilma retomar o poder

Renan Calheiros sempre foi visto como o "último bastião" da governabilidade de Dilma (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou a aliados que não vê chances de a presidenta Dilma Rousseff retomar o poder após ter sido afastada. A avaliação foi feita pelo senador repetidas vezes desde o desfecho da votação no Senado que sacramentou o afastamento de Dilma, na semana passada. Para Calheiros, mesmo uma gestão tortuosa do presidente interino Michel Temer (PMDB) não seria suficiente para reerguer a petista politicamente.

O presidente do Senado sempre foi visto como o “último bastião” da governabilidade de Dilma. Ele só se afastou da petista nos últimos capítulos do impeachment. À derrocada da gestão petista se seguiu uma discreta reaproximação entre Calheiros e Temer. Desafetos históricos dentro do PMDB, os dois passaram a se reunir com mais frequência.

Nesta terça-feira (17), Calheiros foi pela primeira vez ao Planalto para uma reunião com Temer. O presidente interino precisará da colaboração do presidente do Senado para aprovar medidas importantes para a economia.

A mais urgente delas, a mudança na meta fiscal, precisa ser votada pelo Congresso até o dia 22, ou o governo será obrigado a fazer um corte emergencial de gastos, comprometendo até o pagamento de luz e telefone.

A mudança da meta de superávit deve ser feita em sessão do Congresso, que só pode ser convocada por Calheiros, o que deve ocorrer na próxima semana. A avaliação é que esse pequeno atraso no calendário não chegará a afetar, na prática, o pagamento das despesas do governo. (Folhapress)

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