Ícone do site Jornal O Sul

Presidente do Supremo enfrenta pressões para voto decisivo sobre prisão após condenação em segunda instância

O ministro também proibiu o contingenciamento de novos recursos. (Foto: Divulgação/STF)

Sob pressão em um ambiente político ainda mais radicalizado, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, deve dar nesta semana o voto decisivo no julgamento das ações sobre a constitucionalidade da prisão de condenados em segunda instância.

A retomada da discussão judicial mais esperada do ano, marcada para quinta-feira (07) e que também pode afetar o destino do ex-presidente Lula, acontece em um momento de instabilidade, em que Toffoli tem sido cobrado por uma ala da Corte a dar uma resposta institucional enfática aos recentes ataques ao STF.

A publicação de um vídeo em uma rede social do presidente Jair Bolsonaro no qual ele é retratado como um leão cercado por hienas, entre elas uma que representa o Supremo, deflagrou insatisfação de parte de seus pares diante da ausência de uma resposta oficial.

Coube ao decano Celso de Mello sair em defesa do STF. O ministro disse que “o atrevimento presidencial parece não encontrar limites na compostura que um chefe de Estado deve demonstrar no exercício de suas altas funções”.

Nos bastidores, Toffoli justifica o seu silêncio. A pessoas próximas, o presidente do STF tem dito que a Corte tem de se preservar e que, à frente da mais alta instância do Poder Judiciário, ele não pode virar comentarista de Twitter nem “bater palma para louco dançar”.

Na semana passada, após sair de um evento em São Paulo, Toffoli enfrentou um protesto com cerca de 15 pessoas favoráveis à prisão após condenação em segunda instância. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes cercaram o carro do presidente do Supremo, chegaram a bater na lataria e estenderam uma faixa com os dizeres “hienas do STF”.

Sair da versão mobile