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Presidente dos Estados Unidos diz que usaria força militar para defender Taiwan de invasão chinesa

Semanas em que Joe Biden esteve isolado provaram ser algumas das mais importantes de sua presidência. (Foto: Lawrence Jackson/The White House)

O presidente Joe Biden disse, nesta segunda-feira (23), que os Estados Unidos estão dispostos a responder “militarmente” se a China intervir em Taiwan com o uso de força.

“Esse é o compromisso que assumimos”, afirmou Biden em Tóquio, no Japão, durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. “Nós concordamos com a política de Uma China. Aderimos a ela e a todos os acordos resultantes feitos a partir daí, mas a ideia de que Taiwan pode ser tomada à força, é simplesmente não apropriada”, declarou o norte-americano.

No ano passado, o presidente norte-americano fez declarações semelhantes, mas a Casa Branca interviu e afirmou que a política de longa data dos EUA não mudou em relação à ilha.

Taiwan fica a menos de 177 quilômetros da costa da China. Por mais de 70 anos, os dois lados foram governados separadamente, mas isso não impediu o Partido Comunista da China de reivindicar a ilha como sua – apesar de nunca tê-la controlado.

Nas últimas semanas, Pequim enviou dezenas de aviões de guerra para a Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan, e o presidente chinês Xi Jinping disse que a “reunificação” entre China e Taiwan é inevitável, se recusando a descartar o uso da força.

Biden comparou uma potencial invasão de Taiwan pela China com a guerra na Ucrânia. Ele também enfatizou que “a Rússia tem que pagar um preço de longo prazo por suas ações”.

Em resposta a Biden, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que os EUA não devem defender a independência de Taiwan. “A China não tem espaço para compromissos ou concessões em questões relacionadas à sua soberania e integridade territorial”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em uma entrevista coletiva em Pequim.

“Ninguém deve subestimar a firme resolução, vontade e capacidade do povo chinês de defender sua soberania nacional e integridade territorial e não deve se opor aos 1,4 bilhão de chineses”, disse Wenbin.

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