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Preso pela segunda vez, ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda amplia sua coleção particular de escândalos políticos

Ex-governador do DF José Roberto Arruda. (Foto: Celso Júnior/AE)

Preso na manhã desta terça-feira (23) pela PF (Polícia Federal), na Operação Panatenaico, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) acumula um histórico de rolos na Justiça, como prisão, condenações e inelegibilidade, e envolvimento em escândalos políticos nos últimos 16 anos. Além dele, também foram presos o também ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e o seu ex-vice Tadeu Filippelli (PMDB), ex-deputado e assessor especial do presidente Michel Temer. Eles são acusados de participar de esquema que, segundo a PF, desviou R$ 900 milhões das obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

Essa é a segunda vez que Arruda é preso. Ele entrou para a história do país em 2010, quando se tornou o primeiro governador a ser encarcerado no exercício do mandato, protagonizando a mais grave crise política do Distrito Federal em todos os tempos.

Ele foi afastado do governo por determinação judicial e ficou preso de 11 de fevereiro a 12 de abril de 2010 na carceragem da Polícia Federal em Brasília por tentar obstruir as investigações da Operação Caixa de Pandora, que desbaratou um esquema de corrupção no seu governo, o chamado mensalão do DEM ou mensalão do Arruda.

O ex-governador tentou voltar ao cargo na eleição de 2014. Mas desistiu em setembro daquele ano após ter sua candidatura indeferida pela Justiça eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Ele foi considerado inelegível por ter condenação por improbidade administrativa em segunda instância por causa do escândalo de seu mandato anterior.

No último dia 5, o ex-governador foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios a 3 anos, 10 meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto, além de multa, pelo crime de falsidade ideológica de forma continuada. A Justiça entendeu que ele falsificou quatro recibos de compra de panetone para justificar o recebimento de R$ 50 mil de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção. O episódio ficou conhecido como “Panetonegate”.

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