O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, ficou em 0,82% em outubro, acelerando frente a 0,54% registrado em setembro. É a maior taxa para meses de outubro desde 2002. O resultado, divulgado nessa sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), também ficou acima do 0,42% assinalado no mesmo mês do ano passado.
No acumulado dos últimos 12 meses, chegou a 9,9%, o mais alto desde 2003. E, em 2015, soma 8,5%, o maior patamar desde 1996, quando marcou 8,7%. “O resultado geral do Brasil em 12 meses quase encostou nos dois dígitos, foi por um triz. Olhando individualmente os Estados, cinco ultrapassaram os 10%, o que penalizou mais população pela inflação”, declarou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
O resultado de outubro ficou acima das expectativas. O Bradesco esperava avanço de 0,80%, puxado pela elevação dos preços de alimentação e pelo reajuste dos combustíveis. “Em setembro de 2014, o percentual bateu em 6%. Em julho, chegou a 9% e está se aproximando dos 10%”, afirmou Eulina.
Os combustíveis foram o principal responsável pela alta de 0,82% no IPCA em outubro, com impacto de 0,30 ponto percentual, sendo culpado por 37% do índice. A gasolina subiu em média 5,5%, com impacto de 0,19 ponto percentual na taxa. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 17,9%. (AG)