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Prévia do Produto Interno Bruto tem estabilidade em abril e interrompe 15 meses de queda na economia brasileira

Em doze meses até abril, porém, índice registrou retração de 5,3% (Foto: Reprodução)

O nível de atividade da economia brasileira registrou estabilidade em abril deste ano, quando foi registrado um aumento muito pequeno na chamada “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), segundo números divulgados nesta quinta-feira (16) pelo BC (Banco Central).

O chamado Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br – um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto – teve alta marginal de 0,03% em abril (o que pode ser interpretado como estabilidade), na comparação com o mês anterior, após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para poder comparar períodos diferentes).

Com isso, foi interrompida uma sequência de 15 meses de retração do indicador – que vinha recuando, sem interrupção, desde dezembro de 2014. Naquele mês, foi registrada uma alta de 0,54% sobre o mês anterior.

De acordo com o Banco Central, a “prévia” do PIB registrou, em abril deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2015, porém, uma retração de 4,99%. Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – pois considera períodos iguais. Com ajuste sazonal, a queda, nesta comparação, foi de 5,75%.

E, no acumulado em 12 meses até abril, ainda de acordo com informações do Banco Central, o indicador registrou contração de 5,35% (após ajuste sazonal). Sem ajuste sazonal (usado para “compensar” períodos diferentes), o tombo do PIB, em 12 meses, foi de 5,41%, de acordo com dados da autoridade monetária.

Juros 

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do País. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, o maior nível em quase dez anos.

Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.

Para 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Banco Central tem dito que trabalha para trazer a inflação para dentro da banda do sistema de metas em 2016 e próxima do objetivo central, de 4,5%, em 2017. (AG)

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