O primeiro-ministro se posicionou após deixar flores no local onde ocorreu o ataque. Ziguezagueando em alta velocidade, um caminhão atingiu transeuntes em uma das principais ruas comerciais da capital, matando quatro pessoas e deixando vários feridos graves. Há dez feridos que permanecem hospitalizados em estado grave, entre eles, uma criança. Quem também esteve no local deixando uma flor foi a princesa herdeira Victoria. “A sociedade sueca baseia-se numa confiança enorme sobre a comunidade, a solidariedade”, disse.
Relatos do momento do ataque demonstraram o horror do trajeto de um caminhão em alta velocidade, com o objetivo de atingir o máximo de vítimas. Relatos de ajuda mútua e resiliência também sobressaíram-se entre os depoimentos, especialmente nos momentos em que não haviam transportes para que as pessoas voltassem pra casa. Moradores ofereceram seus lares para quem morava mais longe e outros enfrentaram trajetos longos para chegar em casa.
“A Suécia mostrou seu melhor com as pessoas abrindo suas casas para outras”, declarou Löfven. “Também isso é a nossa força, e é algo que ninguém nos pode tirar. A Suécia está de luto, mas vamos ultrapassar isto juntos”, garantiu. Segunda-feira será dia de luto oficial com a realização de um minuto de silêncio.
As autoridades suecas anunciaram que um suspeito foi detido, nascido no Uzbequistão. O homem, de 39 anos, já era conhecido das autoridades.
Ataque não foi reivindicado
Embora o suspeito tinha aparecido nas bases de dados, não foram encontradas até o momento ligações com grupos extremistas.
Dan Eliasson, chefe da polícia nacional, afirmou estar cada vez mais confiante de que o suspeito detido é, de fato, o responsável do ataque. “Nada aponta para a hipótese de termos a pessoa errada, pelo contrário, as suspeitas têm aumentado à medida que a investigação avança.” A polícia afirmou ainda ter encontrado explosivo no caminhão.
A Suécia terá eleições legislativas no próximo ano e foi o país que mais refugiados recebeu (per capita) em 2015. Depois acabou por tornar mais rígidas as regras para asilo e alguns controles fronteiriços foram impostos, após pressão de uma popularidade crescente do partido nacionalista Democratas Suecos, a segunda força política do país.