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Primeiro semestre termina com falta de confiança do industrial gaúcho

"A recessão acelerada e o encaminhamento de uma definição para a crise política, qualquer que seja seu sentido, certamente pesaram na decisão [do Copom]", disse Heitor Müller (Foto: Banco de Dados)

O ICEI-RS (Índice de Confiança do Empresário Industrial do RS) cresceu de 38,8 pontos, em maio, para 39,4 pontos em junho, mas continuou abaixo dos 50 pontos pelo 15º mês seguido, segundo a Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul). O levantamento varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 denotam maior otimismo e, quanto mais abaixo, pessimismo.

O cenário que compara as condições atuais com os últimos seis meses mostrou que a percepção de deterioração entre os empresários continua elevada (31,3 pontos). Essa avaliação mantém-se particularmente adversa com a economia brasileira (23,7 pontos). Em relação à própria empresa (35,2 pontos), a análise é menos ruim, porém significativa.

Já as perspectivas para os próximos seis meses apresentaram leve melhora. O indicador aumentou de 42,9 para 43,4 pontos na passagem de maio para junho, mas pouco alterou o quadro de pessimismo, que continuou prevalecendo, sobretudo na economia brasileira (33,2 pontos). Quando o futuro da própria empresa é analisado, a expectativa permaneceu negativa, totalizando 48,6 pontos.

“O resultado é reflexo da combinação de redução da demanda interna, aumento de custos, diminuição do crédito e excesso de estoques. Isso torna o cenário econômico atual um dos mais difíceis já enfrentados pela indústria gaúcha, que segue sem perspectiva de melhora no segundo semestre”, afirmou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

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