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Principais riscos à economia brasileira retrocederam, diz ministro da Fazenda

Joaquim Levy palestrou nessa sexta-feira na Amcham. (Wenderson Araujo/AFP)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, minimizou o ajuste fiscal como “mais uma inflexão do que um extraordinário aperto” e afirmou que os principais riscos enfrentados pela economia brasileira “retrocederam”. As declarações foram feitas durante palestra nessa sexta-feira na Amcham (Câmara Americana de Comércio, na sigla em inglês), em que o ministro recebeu apoio da classe empresarial.

Levy citou o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria e a flexibilização trabalhista por meio do fortalecimento da negociação sindical como pontos positivos de uma agenda de reformas econômicas em discussão no País. Os três principais riscos para a economia brasileira no início do ano, segundo Levy, eram as incertezas sobre o futuro da Petrobras, ameaça de desabastecimento de água e energia elétrica, e a possibilidade de perda do selo de bom pagador pelo Brasil.

“A economia está se reequilibrando e isso é muito importante. Os principais riscos que existiam no início do ano retrocederam. Esses riscos foram grandemente reduzidos”, afirmou.

O ajuste fiscal – cortes de gastos e aumento de receitas que têm sido implementados pelo governo – foi apontado por Levy como uma das ferramentas que permitiram a mudança de cenário. Ele eximiu o pacote de austeridade de responsabilidade pela crise econômica vivida pelo País, disse que a recessão começou em 2014, e minimizou o impacto do conjunto de medidas adotadas em 2015. “Foi mais uma inflexão do que um extraordinário aperto. O que a gente fez foi mudar a direção [em relação ao que vinha sendo feito até 2014]”, afirmou Levy, indicando que novas medidas ainda podem ser anunciadas, sem indicar quais. “Acho que há trabalho a ser feito, do lado da despesa e eventualmente do lado da receita.”

O ministro também defendeu indiretamente o aumento dos combustíveis, ao elogiar a menor intervenção do governo para segurar os preços praticados pela Petrobras, e o ajuste nos preços das tarifas de energia elétrica, que deram “um novo fôlego” para as distribuidoras.

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