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Principal motivo para a não doação de um órgão é a negativa familiar, aponta estudo



Esclarecimento ajuda a derrubar os mitos sobre o tema. (Foto: Rogério Santana/GERJ/Fotos Públicas)

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) apontou que a negativa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no país. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, das 6.476 entrevistas familiares para autorização de doação, houve 2.716 negativas, o que representa 42%.

Um dos principais motivos para a recusa dos parentes em doar órgãos é a falta de conhecimento sobre o que é morte encefálica, que é um processo irreversível, segundo o médico Valter Duro Garcia, responsável pelos transplantes renais na Santa Casa de Porto Alegre. No ano passado, cerca de 39.663 pessoas estavam na fila esperando por um transplante de órgãos. Enquanto isso, o número de transplantes realizados no país no ano passado somou pouco mais de 22.660.

Atualmente, no Senado Federal, tramita um projeto de lei para permitir a doação por manifestação própria, feito em vida e sob acompanhamento de testemunhas. Se a pessoa não tomar essa decisão em vida, a família então seria a responsável pela doação após sua morte. Hoje, para ser um doador, a pessoa precisa conversar muito com sua família sobre o seu desejo e deixar claro que eles poderão autorizar a doação de seus órgãos. Pela legislação brasileira, não basta a vontade do doador, a família precisa autorizar a doação.

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