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Prioridade nos Estados Unidos é fechar acordo de padronização, diz ministro

Para o ministro, a meta de dobrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos nos próximos dez anos é possível e desejável (Foto: Alan Marques/Folhapress)

O ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) afirmou que a principal meta da pasta durante a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos é fechar um acordo amplo de padronização de normas entre os setores privados brasileiro e americano.

Segundo ele, o setor de cerâmica está com negociação avançada, mas há outras indústrias interessadas, como de máquinas e equipamentos, de luminárias e têxtil.

A adaptação brasileira às normas americanas pode aumentar as vendas ao país, que desde o ano passado é o principal destino das exportações brasileiras.

Para o ministro, a meta de dobrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos nos próximos dez anos é possível e desejável. “É uma meta muito boa, razoável, mas desafiadora. Estamos falando de commodities, coisas que a rigor você é comprado. Mercadorias de maior valor não são algo trivial”, afirmou na noite de sábado (27) ao chegar no hotel St. Regis, em Nova York, onde a presidente Dilma e a comitiva de ministros estão hospedados.

Monteiro afirmou ainda que um acordo de bi-tributação, uma demanda antiga da indústria brasileira, não está sendo cogitado no momento diante da complexidade do tema e do momento econômico vivido pelo Brasil. “Não vemos no curto prazo muita perspectiva. Nossos sistemas são diferentes. O momento não favorece. A questão [do ajuste fiscal] também se coloca”, disse.

Segundo o ministro, o objetivo no momento é conseguir acordos que consigam trazer resultados no curto prazo enquanto um acordo de livre comércio amplo não é negociado entre os dois países.

Além do acerto de convergência de padrões da indústria, o governo quer estabelecer um acordo entre as aduanas para que o sistema brasileiro de “janela única” do comércio exterior possa ser integrado ao dos Estados Unidos, permitindo mais agilidade nas exportações.

Está nos planos do governo ainda fechar acordo na área de patentes e propriedade intelectual, com o início de um projeto piloto.

O ministro não quis falar sobre as investigações da operação Lava-Jato e da delação do empreiteira Ricardo Pessoa. As declarações do empreiteiro, que se tornaram públicas na sexta-feira (26), deflagraram uma nova crise no governo. (Folhapress)

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