A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi selada na madrugada deste sábado (22), e organizada para cumprimento em poucas horas pela PF (Polícia Federal), em uma ação rápida que envolveu o gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A DIP (Diretoria de Inteligência Policial) havia solicitado na sexta-feira (21), a prisão preventiva do ex-presidente diante das notícias da organização de uma vigília na porta da casa dele para a noite de sábado.
Moraes pediu uma manifestação urgente de Gonet antes de proferir sua decisão. O procurador-geral da República apresentou seu parecer às 1h25 da madrugada deste sábado. Em apenas uma página, Gonet escreveu que “diante da urgência e gravidade dos novos fatos apresentados, a Procuradoria-Geral da República não se opõe à providência indicada pela autoridade policial”.
Durante o desenrolar desse trâmite, Moraes recebeu um relatório da central de monitoramento da tornozeleira eletrônica apontando uma tentativa de violação às 0h08 da madrugada de sábado.
Pouco depois de receber o parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República), o ministro do STF finalizou a sua decisão e ordenou a prisão preventiva de Bolsonaro. O documento foi finalizado por volta das 2h da madrugada e enviado à Polícia Federal, com a ordem de que deveria ser cumprido ainda neste sábado “sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática”.
Em um intervalo de poucas horas, a Diretoria de Inteligência Policial organizou um esquema para deslocar uma equipe até a residência de Bolsonaro e efetivar a prisão a partir das 6h da manhã. Ele foi levado para realizar o exame de corpo de delito e encaminhado a uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. (Com informações de O Estado de S.Paulo)
