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Processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética volta à estaca zero

A reviravolta no parecer do Conselho de Ética foi resultado das conturbadas sessões da comissão ao analisar o pedido de cassação do presidente do Legislativo. Foto: Reprodução

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nessa terça-feira a aprovação no Conselho de Ética do parecer que indicou a sequência das averiguações sobre o chefão da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que fez o processo voltar à estaca zero.

A manobra ocorreu com Maranhão acolhendo recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS). O parlamentar o apresentou, alegando que foi negado a ele a possibilidade de um pedido de vista para analisar com mais tempo o processo contra Cunha, o que seria irregular.

O caso foi resultado das conturbadas sessões do Conselho de Ética, que analisaram o pedido de cassação de Cunha. O então relator, Fausto Pinato (PRB-SP), foi retirado em manobra da Mesa Diretora, o que favoreceu o líder do Legislativo. Com a destituição, a comissão repassou a relatoria a Marcos Rogério (PDT-RO).

O deputado apresentou relatório desfavorável a Cunha, o que levou os aliados do presidente a tentaram atrasar a votação, mas o líder do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), não permitiu o pedido de vista.

O processo contra Cunha foi protocolado no Conselho em 2015, assinado pelo PSOL e pela Rede, acusando o líder do Legislativo de mentir no Congresso ao dizer que não tinha contas no exterior. Com a nova estratégia, o processo volta à etapa de defesa para depois designar relator e só então ter outra votação.

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