A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa do RS rejeitou na manhã desta terça-feira (03), por dez votos a dois, parecer do deputado Ciro Simoni (PDT) com emenda ao projeto de resolução da Comissão de Ética que determinava a suspensão por 90 dias do mandato do deputado Diógenes Basegio (PDT).
A medida, que, na prática, amenizaria a pena ao parlamentar, determinando a suspensão ao invés da cassação, foi defendida apenas por Simoni e Gilmar Sossella, também do PDT. Para Simoni, não se trata de absolvê-lo, mas de dar tempo à Justiça, para que ela faça sua parte.
Basegio é suspeito de exigir parte do salário de servidores, contratar funcionários fantasmas e fraudar gastos com diárias e combustíveis no Parlamento gaúcho. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público do RS por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e concussão. O deputado, que também teve seus bens bloqueados, alega que as acusações são infundadas e fruto de vingança.
O presidente da CCJ, deputado Gabriel Souza (PMDB), comunicou que encaminhará o texto, sem o parecer aprovado, à Mesa Diretora da Casa, que decidirá como a ação terá sequência, podendo ser repassada ao plenário. Souza defende que o caso seja devolvido à Comissão de Ética, para que sejam feitas novas investigações e acrescidos elementos que não teriam constado na peça acusatória original.