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Procurador da Lava-Jato nega que tenha havido escuta em cela de Youssef

Doleiro está preso em Curitiba. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress)

O procurador da República Deltan Dallagnol, que integra o núcleo da Operação Lava-Jato, negou nesta segunda-feira que tenha havido escuta na cela onde estava o doleiro Alberto Youssef, na carceragem da PF (Polícia Federal), em Curitiba (PR). O fato, denunciado pelo próprio Youssef, em abril do ano passado, foi refutado por uma sindicância concluída pela PF em setembro de 2014.

Perguntado se a suposta escuta na cela do doleiro poderia inviabilizar futuramente as investigações da Lava-Jato, pois nesse caso a escuta seria ilegal, Dallagnol disse não temer que o fato repercuta negativamente sobre a operação e negou que tenha sido utilizada informação baseada em escuta ilegal.

“Jamais apareceram quaisquer escutas e muito menos indicativos de influência delas nas investigações. É um caso sob investigação. Mas jamais identificamos qualquer escuta que tenha sido instalada. O que existiu é um aparelho que, em princípio, não estava funcional. Esta é uma situação sob apuração”, sustentou o procurador.

Dois policiais federais admitiram, durante audiência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, no dia 2 de julho, que as escutas existiram. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, também em depoimento à CPI da Petrobras, no último dia 15, classificou de gravíssimo o fato, se for comprovado. (Vladimir Platonow/ABr)

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