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Procurador-Geral da República chama presidente da Câmara dos Deputados de “delinquente”

Em seu parecer, protocolado no STF nesta quinta-feira, Janot afirma que, ao contrário dos parlamentares, os endereços do Legislativo não possuem foro privilegiado (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

Na medida cautelar que entregou ao STF (Supremo Tribunal Federal), na quarta-feira, em que pede o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chamou o parlamentar de “delinquente”. Na avaliação de Janot, “os fatos indicam que existe um grupo de deputados, liderados por Cunha, que vem se valendo dos mandatos e prerrogativas, tais como poder de requisição e convocação, a fim de pressionar e intimidar terceiros”.
Janot entregou o pedido de medida cautelar ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no STF. No pedido, Janot sustenta que Cunha faz parte de “grupo criminoso”.
O procurador-geral destaca o caso do lobista Júlio Camargo, que fez delação premiada e revelou ter sido pressionado pelo deputado, em 2011, por uma propina de 5 milhões de dólares relativa à contratação de navio-sonda pela Petrobras.
“Está já demonstrado, e ora se ratifica, que a utilização da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados para pressionar Júlio Camargo não foi algo episódico, mas sim apenas mais uma conduta ilícita para proteção dos delinquentes envolvidos nos fatos, inclusive do próprio deputado federal Eduardo Cunha.” (AE)

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