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Procurador-geral da República quer saber se há alguma autoridade com foro privilegiado no inquérito que investiga ameaças a ministros do Supremo

Procurador-geral identificou indícios de irregularidades na conduta do presidente em acusações feitas por Moro. (Foto: Roberto Jayme/TSE)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que vai analisar o inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar ameaças aos ministros da Corte a fim de verificar se há alguma autoridade com foro privilegiado a ser denunciada ao tribunal.

Dois auxiliares de Aras tiveram acesso ao inquérito por autorização dada pelo ministro Alexandre de Moraes. A antecessora de Aras, Raquel Dodge, considerava o inquérito ilegal e pediu o arquivamento ao STF.

“As nossas equipes de trabalho já estão analisando cada peça para verificar a delimitação do objeto e para verificar se existe alguma autoridade com foro privilegiado a ser denunciada pelo procurador-geral da República no Supremo. Se não existir, mas existir algum fato delituoso da atribuição de algum colega da primeira instância ou mesmo da segunda instância, para remeter essas peças [para uma dessas instâncias]”, afirmou Aras.

“Se, porventura, existirem elementos a serem investigados ainda, há a possibilidade de o Ministério Público pedir a complementação das diligências e até mesmo a possibilidade de – não chegando a nenhuma conclusão acerca de algum investigado – pedirmos o arquivamento das investigações”, declarou o procurador-geral.

Aras afirmou que não interessa a ninguém um rompimento entre o Ministério Público e o STF. Para o procurador-geral, com a autorização de acesso da Procuradoria-Geral ao inquérito, acabou uma “ferida que estava sendo tratada para não ser curada”. As declarações foram dadas ao programa “Em Foco com Andreia Sadi”, da Globonews.

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