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A Procuradoria da República pediu a condenação da jornalista Cláudia Cruz por lavagem de dinheiro e evasão de divisas de mais de 1 milhão de dólares de crimes praticados pelo marido, Eduardo Cunha

O MPF aponta que o valor de 1 milhão de dólares gasto por Cláudia é “totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito de seu marido” (Foto: Folhapress)

Em alegações finais ao juiz federal Sérgio Moro, a Procuradoria da República no Paraná pediu a condenação da jornalista Cláudia Cruz por lavagem de dinheiro e evasão de divisas de mais de  1 milhão  de dólares provenientes de crimes praticados pelo marido, o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Operação Lava-Jato.

O MPF (Ministério Público Federal) requereu cumprimento de pena em regime fechado para Cláudia Cruz e outros três réus. São eles: Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, pelo crime de corrupção passiva; João Augusto Rezende, operador que representava os interesses do PMDB no esquema, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas; e Idalecio Oliveira, empresário proprietário da CBH (Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl), pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Segundo a denúncia, Cláudia Cruz era “a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em montante superior a  1 milhão de dólares em um prazo de sete anos (2008 a 2014)”.

O MPF aponta que o valor de  1 milhão de dólares gasto por Cláudia é “totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito de seu marido”. Quase a totalidade do dinheiro depositado na Köpek (99,7%) teve origem nas contas Triumph SP (1 milhão de dólares) Netherton (165 mil de dólares) e Orion SP (60 mil dólares), todas pertencentes a Eduardo Cunha.

O advogado Pierpaolo Cruz Bottini, que defende Cláudia, disse que “é uma manifestação do Ministério Público, que apresentou a versão dele, o pedido dele. A defesa vai apresentar nos próximos dias suas razões, vai reapresentar todos os documentos que mostram que ela [Cláudia Cruz] não tem nenhuma relação com recursos ilícitos e confia que a Justiça decidirá de maneira imparcial”. (AE) 

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