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A Procuradoria-Geral da República analisa a possibilidade de romper o acordo de colaboração premiada do senador cassado Delcídio do Amaral

Preso em novembro de 2015, Delcídio depôs de 11 a 14 de fevereiro de 2016 e foi solto no dia 19. (Foto: Arquivo/Ailton de Freitas /AG)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa a possibilidade de romper o acordo de colaboração premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) homologado em 2016. O revés para o ex-parlamentar é uma consequência das revelações dos ex-executivos Benedicto Júnior e Rogério Santos de Araújo, da Odebrecht, sobre repasses para campanhas eleitorais em contrapartida à atuação dele em casos de interesse da empreiteira.

Além do acordo de Delcídio, outras delações deverão ser reavaliadas pelo Ministério Público por causa das revelações da Odebrecht. O ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco é outro que está na mira por conta das revelações do ex-executivo da Odebrecht Rogério Araújo. Segundo o delator, Barusco teria solicitado que ele guardasse em sua casa 24 garrafas de vinho de primeira categoria logo após o início da Operação Lava-Jato. A informação não foi levada ao conhecimento dos investigadores à época da assinatura do seu acordo.

Entre as empreiteiras, ao menos a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa já se preparam para rever seus acordos depois das delações da Odebrecht. As duas empresas assinaram seus acordos e deixaram de fora informações sobre algumas áreas agora delatadas pela empreiteira baiana. Também nesses casos a “punição” pela omissão pode ir de uma revisão das penas até o rompimento do acordo. O procedimento tem sido chamado de recall e deve levar ao surgimento de novos delatores e outras frentes de investigação.

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