Ícone do site Jornal O Sul

Procuradoria-Geral da República estuda pedir o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados

Assessores do procurador-geral, Rodrigo Janot, reúnem indícios que apontariam que Cunha utilizou o cargo para atrapalhar os desdobramentos da Lava-Jato (Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara)

Após o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizar o sequestro de 9,6 milhões de reais depositados em contas na Suíça atribuídas a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Procuradoria-Geral da República intensificou a busca de provas para instruir um pedido para afastá-lo da presidência da Câmara.

Assessores do procurador-geral, Rodrigo Janot, reúnem indícios que apontariam que Cunha utilizou o cargo para atrapalhar os desdobramentos da Lava-Jato. Se isso for comprovado, a Procuradoria deverá formalizar o pedido. Como a medida é considerada delicada, isso só será feito se houver prova incontestável de uso das prerrogativas do cargo para atrapalhar as investigações.

O deputado Sílvio Costa (PSC-PE), vice-líder do governo, entrou nesta quinta-feira (22) com uma representação na Procuradoria pedindo o afastamento de Cunha, alegando que ele usa o cargo para atrasar as apurações. Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça.

Já o resgaste do dinheiro foi solicitado por Janot ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, pois há elementos de que as contas foram abastecidas com propina de contratos da Petrobras. A medida é necessária porque as investigações da Suíça sobre Cunha foram transferidas para o Brasil. Assim, havia o risco do bloqueio feito pelas autoridades daquele país perder efeito, permitindo a ele a retomada dos valores. (Folhapress) 

 

Sair da versão mobile