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Procuradoria-Geral da União teme desgaste caso negocie delação premiada com Eduardo Cunha

Sob o risco de ser preso, Cunha discutiu estratégias de defesa com seus advogados, entre elas a possibilidade de delatar. (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

A PGR (Procuradoria-Geral da República) indica que deve endurecer as negociações de um eventual acordo de delação premiada do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. A avaliação de procuradores ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo é que tratativas com um dos principais alvos da Operação Lava-Jato podem desgastar a imagem da PGR. Com a cassação, Cunha perde foro privilegiado, e as ações a que responde no STF (Supremo Tribunal Federal) e demais investigações da Lava-Jato devem seguir para a primeira instância.

Sob o risco de ser preso por ordem do juiz Sérgio Moro, Cunha discutiu estratégias de defesa com seus advogados, entre elas a possibilidade de delatar. Na análise de integrantes da PGR, um acordo não seria positivo para a instituição agora, a não ser que Cunha apresente um grande volume de provas, restitua o dinheiro que, segundo as investigações, desviou da Petrobras e cumpra alguns anos de prisão em regime fechado.

Outro ponto que pesa contra o peemedebista são os sucessivos embates diretos travados entre ele e o procurador-geral, Rodrigo Janot. Cunha admitiu em entrevista à Folha que errou ao confrontá-lo exageradamente e, na opinião de aliados, a declaração foi espécie de senha para que iniciasse conversas com a PGR.

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