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Produção e emprego na indústria gaúcha continuam em queda

Segundo números inéditos da Serasa Experian, mais da metade dos 8,13 milhões de companhias em operação em abril tinha ao menos uma dívida em atraso (Foto: Banco de Dados)

A Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul de agosto mostra que a indústria continua em queda, produzindo menos, fechando postos de trabalho e com excesso de estoques. Esse quadro mantém a tendência negativa para o setor nos próximos meses, segundo a Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).

“A crise tem se intensificado e atingido uma maior quantidade de indústrias. O aumento da ociosidade no parque fabril, além de significar uma menor demanda por investimentos, afeta diretamente o mercado de trabalho”, afirmou o presidente da entidade, Heitor José Müller.

Conforme o levantamento da Fiergs, o indicador de produção somou 43,5 pontos, o menor nível para o mês desde 2010. O emprego (40,1 pontos) completou a 16ª queda consecutiva. Outro dado negativo foi o desaquecimento do setor mostrado pelo índice de UCI (Utilização da Capacidade Instalada), que caiu de 33,5 pontos para 32,6, afastando-se ainda mais do nível considerado usual (50 pontos). Com uma ocupação de 65%, a UCI é a mais baixa já apurada para o mês desde 2011.

O excesso de estoques de produtos finais acima do planejado (54,4 pontos) refletiu a demanda efetiva inferior à esperada pelas empresas. Para os próximos seis meses, o quadro segue marcado pelo pessimismo dos empresários e não permite prever algum alívio da situação. Com os indicadores atingindo suas mínimas históricas, as expectativas continuam projetando quedas para demanda (45,4 pontos), compras de matérias-primas (42,3 pontos) e emprego (41,5 pontos). A intenção de investimento (39,3 pontos) caiu ao menor valor desde o início da série, em novembro de 2013. A exceção foram as exportações: 53,4 pontos, indicando expectativa de crescimento.

 

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