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Produção industrial brasileira recua 9% em agosto, a maior queda desde 2003

Dados foram divulgados pelo IBGE (Foto: Banco de Dados)

A produção da indústria brasileira caiu pelo terceiro mês seguido. Em agosto, na comparação com julho, o recuo foi de 1,2%, o maior para o mês desde 2011. Com esse resultado, o setor acumula queda de 6,9% no ano e de 5,7% em 12 meses. Já na comparação anual, contra agosto de 2014, a atividade fabril caiu 9%, a maior baixa nessa base de comparação (agosto contra agosto) da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que teve início em 2003.

A maioria dos setores analisados mostrou resultados negativos. O mais expressivo partiu dos veículos automotores, reboques e carrocerias, que registraram queda foi 26,2% na produção. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (02) pelo IBGE. Também contribuíram para essa queda geral da indústria as reduções de produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,7%), de máquinas e equipamentos (-15,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-30,3%), de produtos de metal (-15,7%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,7%), entre outros.

Na contramão, impedindo que o tombo da indústria fosse ainda maior, cresceu a produção das indústrias extrativas (2,9%), “impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo”. Na análise dos tipos de produtos fabricados, os bens de capital registraram queda de 33,2%, influenciados pela menor produção de caminhões e tratores, e os bens de consumo duráveis recuaram 14,6%, puxados pelas retrações na fabricação de automóveis, de eletrodomésticos da linha branca e da marrom. Também diminuiu a produção de bens de consumo semi e não duráveis (-7,6%) e de bens intermediários (-5,5%).

De julho para agosto, a queda foi menos intensa do que frente ao mesmo mês do ano passado. Assim como na comparação anual, a maior baixa partiu de veículos automotores (-9,4%). (AG) 

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