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Condenado na França, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro é investigado por terrorismo pela Polícia Federal

Físico Adlène Hicheur já cumpriu pena na França, está impedido de entrar na Suíça e mora no Rio. (Foto: Reprodução)

Condenado em 2009 por planejar atentados terroristas na França, Adlène Hicheur, argelino naturalizado francês – que dá aulas de física na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) –, está sendo investigado pela Polícia Federal. Enquanto vivia em Paris, ele foi preso e condenado a cinco anos de detenção pela acusação de planejar atentados terroristas. Ao ser preso, disse que era um “bode expiatório”.

A revista Época teve acesso aos e-mails trocados entre um interlocutor apelidado Phenix Shadow e Hicheur e descriptografados pela Inteligência francesa. Especialista em física das partículas elementares, Hicheur fazia parte da equipe da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear em Genebra, na Suíça. Em 2009, tirou uma licença médica e foi para a casa dos pais, na França. Lá, passou a frequentar um fórum na internet usado por jihadistas e a trocar mensagens com Phenix Shadow – que seria Mustapha Debchi, apontado pelo governo francês como membro da Al Qaeda na Argélia.

A polícia francesa identificou potencial de risco nas conversas e passou a fazer um monitoramento de Hicheur. Ao longo das mensagens, Phenix realizou uma abordagem sem rodeios a Hicheur: “Caro irmão, vamos direto ao ponto: você está disposto a trabalhar em uma unidade de ativação na França? Que tipo de ajuda poderíamos te dar para que isso seja feito?”, questionou. Dias depois, veio a resposta: “Sim, claro”. (AG)

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