Um professor foi preso no Jacintinho, em Maceió, por estuprar uma de suas alunas de reforço, uma criança de 7 anos. O crime aconteceu em 2007, mas o pedido de prisão foi expedido somente no início do mês, após conclusão do processo que resultou na sua condenação a 13 anos de prisão.
O mandado de prisão foi cumprido pela polícia na quarta-feira (21), na casa do professor, no mesmo bairro onde o crime aconteceu.
Segundo o delegado Sidney Tenório, o professor aproveitava as aulas de reforço para cometer os abusos.
“A menina chegou em casa e contou para a tia que o professor era muito safado e que havia colocado o dedo em sua vagina. Ele vinha sendo processado desde então e agora foi preso para cumprir a sentença”, explicou.
O professor foi levado para a Divisão Especial de Investigação e Captura (DEIC) e depois encaminhado para a Central de Flagrantes.
“Importante que ele seja preso até para mostrar à comunidade que temos leis penais duras e que precisam ser respeitadas. Infelizmente, temos leis que tornam o processo longo demais por mais eficiente que sejam os órgãos que atuam no caso”, completou o delegado.
Denúncia por carta
Uma criança de 9 anos denunciou o próprio pai e o avô por abuso sexual em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O caso foi denunciado em junho deste ano e segue em investigação, mas ninguém foi preso. O pai ainda não foi localizado, e o avô nega os abusos.
A menina faz acompanhamento psicológico e relatou a violência em uma carta.
Os abusos foram descobertos pela mãe da menina, que notou manchas de sangue em suas roupas íntimas. Até então, a mãe nunca havia desconfiado que a criança estivesse sendo violentada.
“Eu estava lavando roupa, quando encontrei uma calcinha dela com manchas de sangue. Estranhei, porque ela ainda não menstrua e, conversando, ela revelou que o sangue era dos machucados que o pai e o avô haviam causado na região íntima dela, ao estuprá-la”, contou a mãe.
A criança narrou que o pai abusava dela há pelo menos quatro anos, quando a menina tinha 5 anos de idade. Já o avô teria iniciado a violência há cerca dois anos. Segundo a mãe da menina, o marido e o pai abusavam da menina enquanto ela não estava presente.
“Durante muito tempo trabalhei em shopping e, por isso, o pai ficava cuidando das crianças aos finais de semana. Os abusos aconteciam justamente quando eu estava trabalhando e ele ficava em casa. Já com o avô, os abusos aconteciam quando eu precisava que ele buscasse ela na escola”, disse.
O caso foi denunciado na Delegacia da Mulher de São José dos Campos e é investigado pela Polícia Civil. O pai da menina fugiu após a denúncia.
“Assim que descobri, corri com ela para a delegacia e prestei queixa contra o pai dela e o avô. Mesmo com provas e os exames que compravam o abuso, por telefone o pai dela me chamou de louca, dizia que não tinha feito nada e antes que eu voltasse da delegacia ele já havia fugido. Foi embora levando só a roupa do corpo e a habilitação. Foi muito chocante e doloroso descobrir isso, porque eram duas pessoas que eu confiava e que nunca desconfiei que pudessem fazer algo assim”, afirmou.
A Justiça expediu uma medida protetiva para que o pai e o avô não se aproximem da menina. Agora, ela faz acompanhamento psicológico e também tratamento médico para se recuperar das lesões físicas e prevenir doenças sexualmente transmissíveis que possa ter tido contato.
“Eu não tive nem coragem de olhar na cara do avô da minha filha. Ele é meu pai, eu o admirava. Também amava meu marido. É revoltante. Quero que os dois paguem pelo que fizeram, os dois são culpados. É uma coisa que não tem explicação”, contou.