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Professora é condenada a um ano de prisão por agredir adolescente em escola no Paraguai

Julia Rosanna, 47 anos, é dona da instituição onde ocorreu o incidente. (Foto: Reprodução)

Uma professora de uma escola da cidade de San Lorenzo, nos arredores de Assunção, a capital do Paraguai, foi condenada a um ano de prisão por esbofetear um aluno de 15 anos. A sentença foi confirmada neste sábado por um comunicado oficial do Ministério Público do país.

O incidente ocorreu em novembro do ano passado no Centro Educativo San Sebastián da Cidade Universitária de San Lorenzo. De acordo com a investigação, a professora, que também é proprietária do centro de ensino, agrediu o adolescente quando ele estava sentado com a sua namorada em um banco no pátio. Os pais da vítima denunciaram a mulher à Justiça e ao Ministério da Educação.

Durante o julgamento, as testemunhas detalharam o ocorrido aos membros do tribunal e o promotor provou que a professora, processada por maus-tratos a crianças e adolescentes sob tutela, tinha desferido uma forte bofetada contra o aluno.

A acusada, Julia Rosanna Benítez de Samudio, 47 anos, estava em prisão domiciliar desde maio, após ser presa pela polícia local. Segundo a imprensa local, o ataque teria sido motivado pelo simples fato de que a mulher não gostou de ver o casal de alunos abraçado nas dependências internas da instituição.

O caso provocou a indignação da comunidade local. Desde então, dezenas de pais promoveram uma série de manifestações, inclusive nas ruas de San Lorenzo, pedindo a punição da professora.

Movimento

A divulgação da sentença ocorre em meio a um contexto no qual as autoridades paraguaias desenvolvem uma série de esforços para acabar com os comportamentos violentos contra menores de idade. Em agosto deste ano, o país se tornou pioneiro na erradicação da violência contra crianças e adolescentes, graças à aprovação de uma lei que permitiu introduzir no código jurídico nacional a penalização desse tipo de castigo físico.

Os mais recentes dados da CDIA (Coordenadoria pelos Direitos da Infância e da Adolescência) do Paraguai indicam que seis de cada dez crianças e adolescentes do país já sofreram algum tipo de violência, principalmente em seu entorno mais próximo, ou seja, atos praticados por familiares, parentes e conhecidos.

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