
Em 2013, Juliana Oliveira tirou uma foto de seu rosto. “Comecei a chorar”, revelou. Foto: Reprodução
Nos últimos dois anos, a vida de Juliana Oliveira, 35 anos, mudou completamente. A mulher com baixa autoestima se transformou em uma pessoa sarada, confiante e que sonha ser fisiculturista. A transformação, que lhe rendeu um corpo 35 quilos mais magro, se deu depois que a professora universitária ouviu duras palavras de um ex-namorado.
“O estopim foi em 2013, em 8 de agosto. Eu namorava um rapaz já havia três anos e ele me chamava de boneco da Michelin, aquele dos pneus. Certa vez, ele foi passar férias na Europa e me ligou dizendo que, lá, as mulheres eram lindas e não pareciam em nada comigo. Na hora em que ele me falou isso, eu desliguei o telefone e tirei uma foto do meu rosto. Eu não tirava fotos de mim mesma fazia tempo. Comecei a chorar, porque eu estava com o rosto muito redondo, uma papada enorme e a fisionomia entristecida”, lembra. ” Na época, foi muito ruim, mas hoje eu agradeço a ele. Daquele dia em diante, nunca mais parei.”
Juliana chegou aos 95 quilos após passar por uma longa fase de baixa autoestima, na qual engordou mais de 30 quilos. “Em 2008, tive câncer no colo do útero. Perdi cabelo e passei por todo aquele processo doloroso. No ano seguinte, tive um pré-ataque isquêmico transitório. Isso mexeu comigo e, em seis ou sete meses, engordei muito”, relata. Após o episódio com o ex, a professora começou uma revolução alimentar e física. Foram dez meses de dieta Dukan, o que resultou em 13 quilos a menos. Depois, por mais seis meses, começou a praticar corrida e somou mais alguns quilos perdidos à conta. Agora, há oito meses na academia, ela conseguiu chegar aos 60 quilos na balança.
Esforço recompensado
“Conheci a [dieta] Dukan através de uma professora da faculdade. Por ser muito restritiva, não me dei muito bem com a dieta, me sentia mal. Então comecei a estudar reeducação alimentar. Comprava livros sobre nutrição e educação física e aplicava o que aprendia em mim. Quando você reeduca sua alimentação, sabendo comer direitinho, você tem seus prêmios e, de vez em quando, pode fugir da dieta porque tem uma vida regrada e não se prejudica com uma exceção”, explica Juliana.
“Hoje, como frutas, coisa que na Dukan não podia, além de carboidratos de baixo índice glicêmico, como batata-doce, inhame e mandioca no lugar do arroz e da batata comum. Às vezes, como um macarrão integral e consumo proteínas em todas as refeições. São seis ou sete por dia, de três em três horas. Já me acostumei a ficar sem fastfood, refrigerante e açúcares. No começo, foi difícil, pois tinha vontade de comer e chorava. Eu era uma gordinha que comia escondido e dizia que não comia’, confessa.
Para quem pensa que emagrecer foi fácil, Juliana conta que, em diversos momentos, estagnou na perda de peso. “Fiquei muito tempo no efeito platô. Então, para não desanimar, olho minhas fotos antigas e tenho grupos de dietas no WhatsApp. Não quero voltar a ser como eu era.”
A paixão pela musculação veio junto com uma paixão na vida real. Atualmente, a paulista é casada com um fisiculturista e sonha competir. “Faço musculação de domingo a domingo, 40 minutos por dia. Já perdi todo o peso que ganhei no passado. Agora, a minha meta é eliminar mais 4 ou 5 quilos de gordura para ficar pronta para competir e, claro, conseguir um patrocínio”, almeja Juliana, que alimenta o Instagram @jualeka, com mais de 10 mil seguidores. (AG)
