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Professores realizam manifestações contra o retorno das aulas presenciais no Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, um ato foi realizado em frente ao Palácio Piratini. (Foto: Cper/Divulgação)

Professores ligados ao Cpers-Sindicato realizaram nesta quarta-feira (19), em diversas cidades gaúchas, manifestações contra a retomada das aulas presenciais em meio à pandemia de coronavírus no Rio Grande do Sul.

Em Porto Alegre, o ato, ocorrido em frente ao Palácio Piratini, contou com a participação de educadores, pais, estudantes e centrais sindicais, que gritavam: “Escolas fechadas, vidas preservadas”.

Protestos também foram realizados em Caxias do Sul, Pelotas, Rio Grande, Soledade, Palmeira das Missões, Lajeado, Cachoeira do Sul, Santiago, Santa Maria, Santana do Livramento, entre outros municípios.

Em reunião com prefeitos gaúchos no dia 11 deste mês, o governo sugeriu que o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do Estado ocorra entre 31 de agosto e 8 de outubro, começando pela educação infantil.

Após a polêmica causada pela proposta, considerada “absurda”, “fantasiosa” e “ofensiva” pelo Cpers, o governador Eduardo Leite afirmou que as atividades nas salas de aula só retornarão gradualmente, a partir deste mês, se houver “consenso” entre prefeitos e especialistas das áreas da saúde e da educação sobre as medidas de prevenção ao coronavírus.

Ele explicou que a retomada se daria de maneira híbrida, com parte das atividades sendo mantidas de forma remota, e havendo o controle do número de alunos nas salas de aula.

“Não temos condições de retorno. As instituições de ensino não têm funcionários e capacidade estrutural para receber os estudantes”, declarou a presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Aguiar Schürer. A entidade representa mais de 80 mil professores e funcionários de escolas da rede estadual de ensino.

(Foto: Cpers/Divulgação)

Escolas particulares

O Sinepe/RS (Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul) defendeu, por meio de nota, o retorno das aulas presenciais ainda neste mês no Estado.

“Saudamos a possibilidade aventada pelo governo da volta às aulas ainda no mês de agosto, o que acreditamos ser uma medida correta. Esta retomada deverá ser gradual. Defendemos que cada instituição possa definir quais alunos devem voltar primeiro, pois são elas quem melhor conhecem as necessidades de seus alunos”, afirmou a entidade.

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