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Protestos contra medidas anticovid crescem na França

Decreto com a revogação da cobrança do documento deve ser publicado nesta terça-feira (26) no Diário Oficial do município. (Foto: Reprodução)

Manifestantes saíram às ruas de mais de 150 cidades francesas neste sábado (7) para protestar contra o passaporte sanitário. É o quarto fim de semana consecutivo com os protestos. Os participantes querem que o governo recue na aplicação da medida que virou lei na semana passada.

Apesar da resistência de parte da população ao passaporte sanitário, ele entrará definitivamente em vigor nesta segunda-feira (9).

O documento será exigido para o acesso aos espaços fechados de bares e restaurantes, salas de espetáculos, eventos com grandes aglomerações e para o acompanhamento de pacientes a qualquer hospital ou centro de saúde.

Além disso, o mecanismo continuará sendo obrigatório para embarcar em aviões, trens e ônibus que fazem trajetos de longa distância.

“Não à ditadura sanitária!”, “Passaporte sanitário: morte das liberdades individuais!”, “A nova onda somos nós: contra o passaporte sanitário!”, gritaram os manifestantes nas principais cidades francesas, a maioria deles sem máscara, neste sábado. Em todo o país, a mobilização reuniu 237 mil pessoas, segundo balanço divulgado pelo Ministério do Interior da França.

Em Paris, cerca de 17 mil pessoas participaram de quatro marchas que saíram de diferentes pontos da capital. As pessoas entoaram slogans contra o governo e presidente francês, Emmanuel Macron. Uma das passeatas foi convocada por Florian Philippot, líder do partido de extrema direita Patriotas, que fez um apelo pela “renúncia integral” de todo o Executivo.

Nesta quarta rodada de mobilizações, os participantes dos protestos contestam principalmente a aprovação do projeto de lei pelo Conselho Constitucional francês, na quinta-feira passada (5), que oficializou o passaporte sanitário como um dos principais mecanismos na luta contra a covid-19 na França. A obrigatoriedade da vacina aos profissionais de saúde e aos trabalhadores que têm contato direto com populações mais frágeis, como os bombeiros, também incomoda os manifestantes.

O perfil dos integrantes do movimento é variado. Os atos reúnem simpatizantes da extrema direita e da extrema esquerda, cidadãos que se posicionam contra a imposição do passaporte sanitário, mas também antivacinas, além de integrantes dos coletes amarelos.

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