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Protestos contra Nicolás Maduro reúnem 200 mil pessoas e deixam 46 feridos na Venezuela

Protesto da oposição fechou via no Leste de Caracas, a capital da Venezuela. (Foto: Reprodução)

Mais de 200 mil pessoas protestaram em toda a Venezuela em uma tentativa da oposição de dar uma clara “demonstração de força” ao presidente Nicolás Maduro, após quase dois meses de protestos violentos que exigem a convocação de eleições.

Em Caracas, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, que caminhava na direção do Ministério do Interior, partindo da principal via da capital. A oposição calculou mais de 160 mil pessoas nas ruas da capital, para exigir a saída de Maduro do poder. Ao menos 46 pessoas ficaram feridas, segundo o prefeito de Chacao, Ramón Muchacho.

A Procuradoria confirmou que uma mulher foi atropelada por um veículo e uma investigação está em curso. A oposição voltou às ruas depois que o TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) – acusado de servir ao governo – assumiu em 30 de março as funções do Parlamento. Anulada parcialmente após forte pressão internacional, a decisão provocou a entrada dos Estados Unidos no conflito.

Na quinta-feira (18), o Tesouro norte-americano impôs sanções econômicas a oito magistrados do TSJ, acusando-os de usurpar as funções da Assembleia. A medida implica o congelamento dos bens que eles possam ter nos Estados Unidos. “Temos que permanecer nas ruas 50, ou mil dias a mais, o que for necessário até que Maduro aceite eleições, ou saia”, defendeu o estudante Antonio Moreno, de 21 anos, que estava com um escudo de madeira improvisado com a palavra “resiste”, para se proteger de eventuais bombas de gás.

Uma multidão exibia cartazes com frases como “#Chega de ditadura!”, “Eleições Já”, em meio a barricadas armadas com troncos e pedras e um gigantesco tanque de metal, uma proteção das ações da polícia.

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