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Provável afastamento de Dilma Rousseff encerra o ciclo de mais de 13 anos de governos petistas no País

Cientista político diz que o impeachment não é contra Dilma e, sim, contra a hegemonia dos 13 anos de um único partido no poder. (Foto: Roberto Parizotti/ CUT)

Os livros e as gavetas já foram esvaziados do gabinete presidencial do Palácio do Planalto, sede do governo federal. O pedido foi feito pela própria presidenta Dilma Rousseff (PT), após o processo de impeachment seguir para o Senado. As fotos da filha e dos netos, no entanto, foram mantidas. “É algo que faz bem a ela”, disse uma amiga próxima.

Para o cientista político Valter Duarte e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o impeachment não é contra Dilma e, sim, contra a hegemonia dos 13 anos de um único partido no poder. “O que ocorre é uma mudança no concertos das oligarquias, como uma troca de música em uma sinfonia. Treze anos consecutivos de um partido que chega ao fim. Quem dança conforme a música é o PMDB, que sempre foi assim, apóia quem pode ganhar”, disse ele.

Com o afastamento de Dilma, o fim da era petista pode estar bem próximo. Para evitar constrangimentos na quarta-feira, dia da votação, o Senado estuda usar somente o painel eletrônico, sem microfone. (AD)

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